Organizações da sociedade civil se uniram para atuar na denúncia às violações de direitos humanos realizadas durante a operação policial “Porto Seguro”, no município de Ipojuca, litoral Sul de Pernambuco. A operação chegou a acarretar o assassinato da criança Heloysa Gabrielly, no dia 30 de março. As entidades elaboraram um dossiê que detalha os diversos atentados aos direitos fundamentais das comunidades situadas em Porto de Galinhas atingidas pela ostensiva atuação policial.
O documento foi apresentado formalmente às autoridades públicas, no dia 11 de maio, durante audiência pública na Câmara Municipal de Ipojuca. Participaram da audiência representantes do Ministério Público de Pernambuco, do Núcleo de Direitos Humanos de Pernambuco, da Ouvidoria da Polícia e da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social do Governo de Pernambuco.
“O CPDH ajudou a construir o dossiê a partir da atuação no caso logo após o ocorrido. Esperamos que o poder estatal ouça as instituições da sociedade civil e a família da vítima para resolver o caso do assassinato e também que acabe com a truculência policial no local”, afirma Tereza Mansi, advogada integrante do GT de Liberdade de Expressão do CPDH, que acompanha a questão junto a outras entidades parceiras e advogadas e advogados populares.
Fazem parte da articulação da sociedade civil que atua na defesa dos direitos da família da vítima e das comunidades: Articulação Negra de Pernambuco (ANEPE), Centro Popular de Direitos Humanos, Comissão de Advocacia Popular (CAP) da OAB/PE, Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB/PE, Comissão de Igualdade Racial (CIR) da OAB/PE, Comissão de Direito Urbanístico (CDU) da OAB/PE, Comissão de Direitos Humanos da ALEPE, Comissão de Igualdade Racial da Câmara Municipal do Recife, GAJOP e Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA).
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